terça-feira, 20 de abril de 2010

Macondo Circus 2009: A Invasão de Clowns

Perdidas no centro da Praça Saldanha Marinho, Pandoíra e Julieta não compreendiam nada do que acontecia por ali. Muita gente, de todas as idades, aglomeradas e sorridentes. O clima era de pura festa. O palco da praça montado e com um enorme banner informando: Macondo Circus 2009.

Naquele breve momento nenhuma banda estava no palco, somente os técnicos. Momento oportuno. Rapidamente, com um cd em punho, Pandoíra se dirige a mesa de som, enquanto isso Julieta abre a mala e organiza seu material para apresentar a gag mais sexy e ardente de todos os tempos: Strip tease quente (confira o clipe).

Com cerca de 400 pessoas aguardando nos intervalos dos shows Coquitail Espoleta, mais uma vez, serviu-se do público musical para mostrar seus números clownescos. O segundo show daquela tardinha ensolarada, porém com um leve ventinho, era da Bandinha Di Dá Dó, uma clown band de Porto Alegre, que possuí influências musicais de fanfarra, música cigana e folclore oriental (confira a foto) para construir suas músicas que agitam e embalam o público.

Apaixonadas pelo som e pelos belos clowns que performavam e tocam animadamente no palco, Pandoíra e Julieta partem para sua segunda gag, Final Poético, em homenagem aos parceiros. Com gaita, apito e triângulo em punho a dupla tocou para os clowns uma música de autoria própria. Enquanto Julieta abria o fole, Pandoira estourava papéis picados que dançavam no ar, cobrindo as crianças que ali estavam pedaços de poesia.

Dança Cotiporã, foi a terceira e última gag apresentada naquela tardinha do dia 3 de dezembro de 2009. Parodiando o clip da música Elephant Gan da banda americana Beirut, Julieta e Pandoíra surpreendem o público com seus passos coreografados e precisos criados a partir de suas aulas com Pina Bausch (mentira, risos). Enlouquecidas, envolvem o público com um tecido transformado em mar, que acaba por “afogar” a dupla.

Novamente, com essas três gags que fazem parte do repertório do espetáculo Coquitail Espoleta, a linguagem teatral pode integrar-se a programação de um festival de música fomentando e desencadeando um processo cada vez mais aberto e acolhedor, tanto para os organizadores de eventos quanto para o público presente, de outras linguagens e expressões artísticas que dialogam diretamente com a música.













Créditos das fotos por seqüência: 1. Tiago Picolli, 2, 3 e 4. Marcelo de Franceschi, 5 - 14. Tiago Picolli.

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